quinta-feira, 13 de setembro de 2012

COMO MATAR UMA GERAÇÃO

O Flamengo utilizou ontem, na derrota para o Santos, nada mais nada menos, do que 7 jogadores com menos de 21 anos (Marllon, Frauches, Muralha, Luiz Antonio, Mattheus, Negueba e Adryan), é um espanto, um absurdo, eu diria até que é maldade com esses moleques.
06 jogadores da partida de ontem estão na foto

A tão badalada frase que os torcedores rubro-negros enchem os pulmões para dizer: "Craque o Flamengo faz em casa" está sendo covardemente achincalhada. Sim, o Flamengo em vários momentos teve jogadores criados nas suas categorias de base que foram importantes para a história do clube. Mas nunca foram jogados covardemente aos leões como agora.

Zico e Júnior, dois dos emblemas desse slogan, só foram virar titulares com 21 anos de idade. Não com os 17 anos do Adryan ou os 18 anos de Matheus. Sem dizer que não existia a crise aguda que ronda a Gávea nesse momento.

Até mesmo a geração perdida, que é como as pessoas se referem a geração vencedora da Copa São Paulo de 1990, de Júnior Baiano, Paulo Nunes, Djalminha, Marcelinho. Só foram se destacar em outros clubes com 22, 23 anos e nunca pelo Fla foram expostos a uma situação como essa. Sempre teve gente cascuda por demais rodeando esses garotos.

Flamengo campeão da Copinha em 90, foram brilhar com outras camisas


Hoje, os cascudos do Fla parecem estar em rota de atrito com os garotos, nesse caso a diretoria tem que preservar os meninos, que são ativos mais valiosos para o clube. Sendo assim é melhor que a orientação, pelo menos nesse momento, seja de expor o menos possível a garotada, dando cancha para ela, mas não queimada.

O Flamengo sem lesões e suspensões, dá pra montar um time digno sem as jovens promessas: Felipe, Léo Moura, González, Wellinton, Ramon, Cáceres, Renato Abreu, Ibson, Bottinelli, Liédson e Love. Foram os cascudos que levaram o time para essa situação, claro que a responsabilidade maior é da diretoria, então é mais fácil dar a eles a missão de tirá-los. Os garotos devem ser utilizados quando necessário, mas não podem carregar esse pesado fardo.

Porém essa solução esbarra na questão do técnico, Dorival parece ter muitas arestas a aparar nesse elenco e parece perdido. Seu aproveitamento é pior do que o antecessor Joel Santana, inacreditáveis 33,3%, tirou o time da 10ª posição para a 16ª, mas parece bastante blindado, pelo menos pela imprensa.

Uma derrota contra o Grêmio pode ser o estopim para começarem a contestar o trabalho do técnico, o que pode ser bom, me parece que o melhor para o Fla nesse momento é alguém que demonstre outros tipos de convicções.

quarta-feira, 23 de maio de 2012

MATARAM O SHOWBOL

Acabo de ler uma notícia no Globoesporte.com, aqui, que muito me entristeceu com relação ao showbol. Para quem não quiser abrir o link, o fato é que o time de showbol do Fluminense contratou a revelação do América no campeonato passado, um jogador oriundo do futsal que nunca vestiu a camisa oficial das três cores que traduzem tradição.

Peraí. Como assim? No meu entendimento, o showbol foi criado para matar a saudade dos ídolos (ou não tão ídolos assim) do passado dos nossos times. Um jogo bacana, com menos desgate físico, para revermos o Gonçalves com a camisa do Fogão, o Djalminha com a do Flamengo, o Pedrinho com a do Vasco, o Viola com a do Corinthians.

Ao que tudo indica, o showbol não é ligado oficialmente aos clubes que eles representam, ou seja o Botafogo de Futebol e Regatas não opina e nem manda em nada na equipe de showbol do Botafogo. Algo que eu achava até benéfico para a categoria, afinal a cobrança maior não seria pelos resultados.

Agora o que se vê, é a "contratação" de jogadores mais novos que nem passaram pelo futebol de campo, fica óbvio que esses jogadores mais jovens tendem a levar ampla vantagem no aspecto físico em cima dos veteranos. E que daqui a pouco todas as equipes estarão com vários deles no seu plantel.

E assim mataram a idéia inicial e positiva do showbol.

Quando for um monte de desconhecido representando seu time, sem nem usar a camisa oficial dele.

Vai ser difícil engolir.

Salvar é simples, é só colocar como regra que o jogador para representar uma determinada equipe, tem que ter jogado pelo menos uma partida profissional pela respectiva equipe no futebol de campo.

Sem eles, duvido que aquela bandeira do Grêmio estaria ali atrás.